O senhor acha que a entrada das novas tecnicas, de doma e treinamento. Foi bom pra raça?
_Foi bom. Por exemplo: Volta sobre patas era quase só meus cavalos que faziam.E os dos Ruas, porque trabalhavam na mesma firma. Eu Trabalhava com seu Dirce, o Claudio Ruas trabalhava com o Osvaldo e o Mario com o Fernando. Eles, inspirados no que eu fazia, faziam girar os cavalos deles.Coma entrada dos paulistas, todo mundogira muito be. Foiuma grande janela que se abriu.
Esta democratização do conhecimento retirou a tradição?
_ Acho que não. Essa é a maneira de andar de mexer de cada um. E me adianto: se o senhor me perguntar: o que eu gosto e não gosto da maneira dos paulistas lhe diria o seguinte: poria uma interrogação no uso excessivo das esporas. Os cavalos treinados por eles ficam com a cola mosqueadeira. Se é pra virar pra cá usam a espora, se é pra sair usam a espora, se é pra recuar usam tambem. Acabam ressabiando o cavalo.
O senhor se imagina vivendo longe do cavalo?
_ Não, não, não. Acho que seria um fim de mundo pra mim Porque é incrivel. Quando guri eu sempre dizia que não teria coisa mais linda na minha vida que eu pudesse viver do trabalho lidando com cavalo. Deus nosso senhor me ajudou.